Alisamento ou Relaxamento? Defrisagem ou Photon Hair? Escova
Definitiva, Progressiva ou Inteligente? De Chocolate, Leite, Diamante
ou Cristal? Se você também se deparou nessas dúvidas, não foi a única.
Da Marroquina à Japonesa, as opções de alisamentos químicos que prometem
milagres capilares são inúmeras. No mercado da beleza e estética, elas
surgem em velocidade incrível, trazendo milhares de nomes diferentes,
dando aquele ar de novidade, porém confundindo a clientela dos salões de
beleza. Mas não se desespere! Nesta matéria definimos quais as
principais técnicas, respondemos às dúvidas mais comuns e apontamos os
cuidados que você precisa ter antes de entregar suas madeixas a um
visual liso e perfeito.
As principais
As escovas progressivas, definitivas e os relaxamentos são bem parecidos entre si. O que os diferenciam são os princípios ativos utilizados. Além disso, algumas técnicas agregam hidratantes à base de Queratina, essências utilizadas para camuflar os odores das químicas (como as de Chocolate, Leite, Açúcar) ou associações que dão brilho e maciez (como nas de Diamante e Cristal). Convidamos três profissionais de Belo Horizonte para dar detalhes das técnicas mais comuns. Confira:
Escova Progressiva
Princípio ativo: 0,2% de Formol + químico que pode ser um Hidróxido, Tioglicolato de Amônia ou Glutaraldeído.
Resultado: Alisa os fios ondulados. Já os crespos e armados perdem volume. “A escova é feita de modo gradual, cada vez que você realiza o tratamento, mais lisos ficam os fios. Seus efeitos vão saindo com as lavagens”, explica o cabeleireiro Geraldo Borges, do Salão L’Equipe.
Cuidados: Aguarde três dias para prender ou lavar o cabelo. Exige hidratações periódicas e retoques constantes na raiz (a cada 30 ou 60 dias).
Escova Inteligente
Princípio ativo: Como cada salão usa uma marca diferente, descobrir qual ativo presente nas Escovas Inteligentes pode virar uma missão impossível. De qualquer forma, certifique que o rótulo do produto tenha o selo de registro na Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Resultado: Os fios ondulados ficam lisos, mas com balanço. Os cacheados ganham um “anelado solto”. No cabelo crespo e armado há redução de volume.
Cuidados: Exige retoques na raiz que cresce “virgem”. “O grande diferencial é que o cabelo é lavado no mesmo dia, aliás, este é o último passo do processo”, comenta a cabeleireira Acácia Ribeiro, do salão Queens.
Escova Definitiva
(O mesmo que Alisamento Japonês ou Recondicionamento Térmico)
Princípio ativo: Tioglicolato de Amônia.
Resultado: Cabelo extremamente liso, sem balanço natural.
Cuidados: A raiz crespa ou ondulada aparece à medida que os fios crescem, por isso é preciso fazer retoques.
Alisamento Fotônico
Princípio ativo: Tioglicolato de Amônia a 2%. Ao contrário das outras técnicas, esta utiliza amônia em grau baixíssimo e uma caneta de luz fotônica para potencializar a absorção do princípio ativo, por isso consegue modificar a estrutura capilar, sem danificar os fios.
Resultado: Os cabelos ficam lisos e com balanço.
Cuidados: Pode lavar ou prender os cabelos no mesmo dia. “Neste processo, abrimos os fios em seis a sete níveis. Para o resultado sair bacana, a cliente deve ter cuidados redobrados, como não utilizar outros tipos de químicas ou fazer mechas”, explica a cabeleireira Carol Oliveira, do salão Bia Cabeleireiros.
Fuja dos “truques mágicos”
Na corrida pela conquista das clientes, diversos profissionais garantem que os produtos usados em seus salões são livres de químicas ou Formol, substância temida por provocar queda capilar, reações alérgicas e sérios danos à saúde. Segundo Richard Duarte, cabeleireiro e instrutor dos cursos de Imagem Pessoal do Senac Minas Gerais, manter um cabelo cacheado ou crespo, alisado por alguns meses e sem recorrer a nenhum tipo de químico, é cientificamente impossível. Então não se iluda na esperança de que aquela escova oferecida pelo seu salão de beleza não contenha químicos em sua fórmula. “Não há nenhum truque mágico, pois só existem duas maneiras de alisamento: a primeira é usar Formol em porcentagens altas, não permitidas pela Anvisa; e a outra é recorrer a produtos de relaxamento como os Hidróxidos, a Amônia e o Glutaraldeído, que, querendo ou não, modificam a estrutura dos fios e acabam ressecando-os ou enfraquecendo-os”, explica.
Cuidado com o que você põe na sua cabeça!
Nem mesmo a polêmica do Formol conseguiu frear a busca das brasileiras pelos alisamentos químicos. Elas querem (a todo custo!) cabelos lisos e domados. Entretanto, o erro da maioria é não se informar qual princípio ativo está presente no alisamento que optou. Com a extensa lista de tratamentos, é fácil se confundir e cair nas armadilhas oferecidas por aí. A dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Dra. Eveline Bartels, aconselha: “Antes de qualquer procedimento, se informe. Procure por produtos de procedência e que tenham registro na Anvisa, evite misturar químicas, exija que o profissional abra e manipule o alisante na sua frente e faça o teste de mecha, ele acusa se você é ou não alérgica e se seu cabelo suportará o químico a ser utilizado”.
• Hidróxidos – Entre os mais comuns, estão os Hidróxidos de Sódio e Cálcio, responsáveis por quebrar as pontes de enxofre que causam o efeito cacheado nos cabelos, alterando as formas dos fios. São mais potentes que o “tio” (Tioglicolato de Amônia), por isso, recomendados para cabelos crespos e cacheados. Os hidróxidos são compatíveis entre si, ou seja, um cabelo alisado com Sódio pode ser retocado ou alisado novamente com o de Cálcio, por exemplo.
Hidróxido de Sódio – Conhecido também como Soda Cáustica, o Hidróxido de Sódio é um produto agressivo, mas que dá resultado rápido. Indicado para quem quer um alisamento permanente e eficaz.
Hidróxido de Cálcio + Guanidina – Queridinho dos cabeleireiros e de suas clientes, o Hidróxido de Cálcio proporciona um efeito liso, quase natural. Para funcionar, precisa se misturar com a Guanidina, uma substância líquida ativadora.
• Tioglicolato de Amônia – Conhecido também como “tio”, amolece a fibra capilar, deixando-a flexível para ser moldada, além de realinhar as pontes de enxofre dos fios. É necessário sempre um neutralizante após o seu uso. Promove um alisamento de eficiência moderada, por isso não é indicado a todo tipo de cabelo, já que não tem força para alisar fios crespos ou cacheados demais, diminuindo somente o volume nestes casos.
• Henê – É um alisante da família dos metais. Deixa o cabelo super liso, brilhante e natural. Para evitar surpresas, entenda que além de alisar, o Henê também tinge o cabelo, pois é feito à base de Pirogalol, substância responsável por pigmentar os fios, deixando-os mais escuros a cada aplicação. Como age externamente criando proteção química, o Henê não é compatível com nenhum outro tipo de alisante.
• Formol – Suaviza cachos e alisa cabelos ondulados. Age envolvendo o fio, mantendo-o liso até que essa “proteção” saia progressivamente. O Formol é compatível com outras químicas, mas por causar sérios danos à saúde de quem usa ou aplica, em 2009, a Anvisa proibiu sua adição em produtos prontos para o uso, sendo permitido somente durante a fabricação de cosméticos capilares na função de conservantes, com o limite máximo de 0,2%.
• Glutaraldeído – Conservante usado para alisar o cabelo, presente em alguns cosméticos capilares. Assim como o Formol, também é uma substância perigosa.
• Neutralizante – Aplicado após o alisamento, impede que o produto químico continue agindo e quebre a estrutura dos fios. Religa as pontes de Cistina, firmando o novo formato do cabelo.
As principais
As escovas progressivas, definitivas e os relaxamentos são bem parecidos entre si. O que os diferenciam são os princípios ativos utilizados. Além disso, algumas técnicas agregam hidratantes à base de Queratina, essências utilizadas para camuflar os odores das químicas (como as de Chocolate, Leite, Açúcar) ou associações que dão brilho e maciez (como nas de Diamante e Cristal). Convidamos três profissionais de Belo Horizonte para dar detalhes das técnicas mais comuns. Confira:
Escova Progressiva
Princípio ativo: 0,2% de Formol + químico que pode ser um Hidróxido, Tioglicolato de Amônia ou Glutaraldeído.
Resultado: Alisa os fios ondulados. Já os crespos e armados perdem volume. “A escova é feita de modo gradual, cada vez que você realiza o tratamento, mais lisos ficam os fios. Seus efeitos vão saindo com as lavagens”, explica o cabeleireiro Geraldo Borges, do Salão L’Equipe.
Cuidados: Aguarde três dias para prender ou lavar o cabelo. Exige hidratações periódicas e retoques constantes na raiz (a cada 30 ou 60 dias).
Escova Inteligente
Princípio ativo: Como cada salão usa uma marca diferente, descobrir qual ativo presente nas Escovas Inteligentes pode virar uma missão impossível. De qualquer forma, certifique que o rótulo do produto tenha o selo de registro na Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Resultado: Os fios ondulados ficam lisos, mas com balanço. Os cacheados ganham um “anelado solto”. No cabelo crespo e armado há redução de volume.
Cuidados: Exige retoques na raiz que cresce “virgem”. “O grande diferencial é que o cabelo é lavado no mesmo dia, aliás, este é o último passo do processo”, comenta a cabeleireira Acácia Ribeiro, do salão Queens.
Escova Definitiva
(O mesmo que Alisamento Japonês ou Recondicionamento Térmico)
Princípio ativo: Tioglicolato de Amônia.
Resultado: Cabelo extremamente liso, sem balanço natural.
Cuidados: A raiz crespa ou ondulada aparece à medida que os fios crescem, por isso é preciso fazer retoques.
Alisamento Fotônico
Princípio ativo: Tioglicolato de Amônia a 2%. Ao contrário das outras técnicas, esta utiliza amônia em grau baixíssimo e uma caneta de luz fotônica para potencializar a absorção do princípio ativo, por isso consegue modificar a estrutura capilar, sem danificar os fios.
Resultado: Os cabelos ficam lisos e com balanço.
Cuidados: Pode lavar ou prender os cabelos no mesmo dia. “Neste processo, abrimos os fios em seis a sete níveis. Para o resultado sair bacana, a cliente deve ter cuidados redobrados, como não utilizar outros tipos de químicas ou fazer mechas”, explica a cabeleireira Carol Oliveira, do salão Bia Cabeleireiros.
Fuja dos “truques mágicos”
Na corrida pela conquista das clientes, diversos profissionais garantem que os produtos usados em seus salões são livres de químicas ou Formol, substância temida por provocar queda capilar, reações alérgicas e sérios danos à saúde. Segundo Richard Duarte, cabeleireiro e instrutor dos cursos de Imagem Pessoal do Senac Minas Gerais, manter um cabelo cacheado ou crespo, alisado por alguns meses e sem recorrer a nenhum tipo de químico, é cientificamente impossível. Então não se iluda na esperança de que aquela escova oferecida pelo seu salão de beleza não contenha químicos em sua fórmula. “Não há nenhum truque mágico, pois só existem duas maneiras de alisamento: a primeira é usar Formol em porcentagens altas, não permitidas pela Anvisa; e a outra é recorrer a produtos de relaxamento como os Hidróxidos, a Amônia e o Glutaraldeído, que, querendo ou não, modificam a estrutura dos fios e acabam ressecando-os ou enfraquecendo-os”, explica.
Cuidado com o que você põe na sua cabeça!
Nem mesmo a polêmica do Formol conseguiu frear a busca das brasileiras pelos alisamentos químicos. Elas querem (a todo custo!) cabelos lisos e domados. Entretanto, o erro da maioria é não se informar qual princípio ativo está presente no alisamento que optou. Com a extensa lista de tratamentos, é fácil se confundir e cair nas armadilhas oferecidas por aí. A dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Dra. Eveline Bartels, aconselha: “Antes de qualquer procedimento, se informe. Procure por produtos de procedência e que tenham registro na Anvisa, evite misturar químicas, exija que o profissional abra e manipule o alisante na sua frente e faça o teste de mecha, ele acusa se você é ou não alérgica e se seu cabelo suportará o químico a ser utilizado”.
• Hidróxidos – Entre os mais comuns, estão os Hidróxidos de Sódio e Cálcio, responsáveis por quebrar as pontes de enxofre que causam o efeito cacheado nos cabelos, alterando as formas dos fios. São mais potentes que o “tio” (Tioglicolato de Amônia), por isso, recomendados para cabelos crespos e cacheados. Os hidróxidos são compatíveis entre si, ou seja, um cabelo alisado com Sódio pode ser retocado ou alisado novamente com o de Cálcio, por exemplo.
Hidróxido de Sódio – Conhecido também como Soda Cáustica, o Hidróxido de Sódio é um produto agressivo, mas que dá resultado rápido. Indicado para quem quer um alisamento permanente e eficaz.
Hidróxido de Cálcio + Guanidina – Queridinho dos cabeleireiros e de suas clientes, o Hidróxido de Cálcio proporciona um efeito liso, quase natural. Para funcionar, precisa se misturar com a Guanidina, uma substância líquida ativadora.
• Tioglicolato de Amônia – Conhecido também como “tio”, amolece a fibra capilar, deixando-a flexível para ser moldada, além de realinhar as pontes de enxofre dos fios. É necessário sempre um neutralizante após o seu uso. Promove um alisamento de eficiência moderada, por isso não é indicado a todo tipo de cabelo, já que não tem força para alisar fios crespos ou cacheados demais, diminuindo somente o volume nestes casos.
• Henê – É um alisante da família dos metais. Deixa o cabelo super liso, brilhante e natural. Para evitar surpresas, entenda que além de alisar, o Henê também tinge o cabelo, pois é feito à base de Pirogalol, substância responsável por pigmentar os fios, deixando-os mais escuros a cada aplicação. Como age externamente criando proteção química, o Henê não é compatível com nenhum outro tipo de alisante.
• Formol – Suaviza cachos e alisa cabelos ondulados. Age envolvendo o fio, mantendo-o liso até que essa “proteção” saia progressivamente. O Formol é compatível com outras químicas, mas por causar sérios danos à saúde de quem usa ou aplica, em 2009, a Anvisa proibiu sua adição em produtos prontos para o uso, sendo permitido somente durante a fabricação de cosméticos capilares na função de conservantes, com o limite máximo de 0,2%.
• Glutaraldeído – Conservante usado para alisar o cabelo, presente em alguns cosméticos capilares. Assim como o Formol, também é uma substância perigosa.
• Neutralizante – Aplicado após o alisamento, impede que o produto químico continue agindo e quebre a estrutura dos fios. Religa as pontes de Cistina, firmando o novo formato do cabelo.
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